A proposta deste trabalho é promover uma aproximação com a
nova realidade do "mercado de consumo" que na visão de Zigmunt
Bauman, apresenta tantas e tão infinitas possibilidades e com estas, escolhas
cada vez mais difíceis. Como (por exemplo) a dos próprios objetivos.
Você, que agora instante diante deste texto, me diga qual é o seu objetivo diante da possibilidade ser (você próprio) a mercadoria que as marcas tanto desejam. Já pensou nesta inversão?
Você, que agora instante diante deste texto, me diga qual é o seu objetivo diante da possibilidade ser (você próprio) a mercadoria que as marcas tanto desejam. Já pensou nesta inversão?
Até "ontem" você tinha uma certa "visão de
futuro" como a de um grande e branco iceberg, que a modernidade aos poucos
degelou formando ondas portadoras de futuro.
Ondas que vem e que vão, ora brandas, ora devastadoras tsunami! Tudo está derretendo, se
liquefazendo, na intolerância da Sociedade do Consumo a tudo o que é rijo,
"engessado", padronizado. Nem mesmo o dinheiro é sólido. O
dinheiro... "o nexo dinheiro" já não passa de um gráfico de imagem na
tela de um computador cada vez menor, mais leve e mais rápido (também como o
dinheiro).
É neste nível de realidade que nos encontramos você, o
Bauman, alguns outros teóricos e eu, ainda que não acredite. Mas vamos supor
que tudo de fato seja instantâneo e solvente: o tempo futuro, o amor, os novos
poderes na modernidade... que até a sociedade esteja se desintegrando para se reintegrar
aqui e ali, hora ou outra, como "enxames": seus objetivos ainda são
os mesmos?
Este é um esforço de colaboração para a construção de um
conhecimento coletivo que, seguramente, também será solvente ou solúvel.
Solvente, à medida que pouco a pouco vai dissolvendo velhas verdades e solúvel,
porque precisa de uma nova forma para se acomodar no espaço das ideias.
O que acabo de dizer, se traduz no primeiro dos segredos que
vamos revelar uns aos outros em pequenos artigos – vistos isoladamente -, mas
profundos e competentes, depois de "batidos". Isto mesmo: "ba-ti-dos",
como minha vitamina preferida: banana, aveia, leite de soja, estévia, umas
colheradas de proteinato de cálcio, linhaça, muita, muita canela e alguns cubos
de gelo. Tudo o que é sólido será liquidificado em apenas dez segundos.
Bhrrrrrrumm. Prontinho!
Hummm... O que vai
acontecer com esta delícia? Logo, logo vai se desfazer, meu organismo irá
filtrar as impurezas, absorver os nutrientes e estocar as calorias que por sua
vez começam a se desfazer até com a simples (e não menos complexa) atividade de
pensar.
A "receita"
deste trabalho é a seguinte:
Pegue alguns sonhos de consumo bem populares, um apelo
sedutor, uma ou outra vantagem embutida e bata com porções generosas de instabilidade,
variedade, ambiguidade sob o rótulo da Modernidade Líquida e reserve. Tempere
com o sabor das próprias ideias e liquidifique! Que gosto tem?
Pois é: nem você nem eu vamos saber antes de provar. Por
isto a inspiração está em Bauman: porque sua obra concentra os sabores (e
dissabores) do que está por vir.
O desafio do grupo é desenvolver um "cardápio"
atraente, que muitos desejem dele beber e, ao fazê-lo, possam saciar a sede de
novidade, que no mínimo, deixe um gosto diferente.
Ah! Pense que o "segredo" não está em você, mas...
...no #liquidificador.
Abaixo apresento as palavras, digo, "chaves" que
você vai usar para invadir novos espaços e encontrar saberes. Escolha as suas.
Em seguida e apresente um tema, uma frase, uma ideia ou inspiração para um
título. Mesmo que você escolha uma única palavra-chave,o grupo (como um todo) deverá utilizar todas na construção do decálogo. Relacione
e compartilhe sua escolha. Em seguida encontre seu correspondente referencial
teórico e revele um segredo!
Palavras-chave
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Colaborador/autor
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Tema ou título
|
Tina Andrade |
Enxames que se movimentam em altíssima velocidade |
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Descreva ou faça um esboço com suas sugestões para as representações icônicas que deverão abrir
cada capítulo e envie para tinacademica@gmail.com.